quinta-feira, 4 de abril de 2013

Contra a exploração, protestar é a solução!

             Após assumir o governo no início de 2013, o prefeito Arlei Rosa (PMDB) tem tomado decisões que vão de encontro ao que prega o seu slogan que é governar “com o coração”. Uma das piores foi aumentar as tarifas de ônibus em 16%, acima da inflação, que começou a vigorar a partir de 18 de janeiro. Por esse motivo, manifestações vêm tomando corpo pela cidade.
            No dia 24 de janeiro, um grupo de manifestantes protestou em frente à Câmara municipal contra essa arbitrariedade do prefeito. Nessa data, o grupo conseguiu apenas a promessa de três vereadores, que solicitariam à empresa Dedo de Deus a retirada da identificação biométrica. Sobre o aumento, os três afirmaram que é uma ação do executivo (prefeito) e que eles não poderiam intervir. Falaram, também, da possibilidade de se chamar uma audiência pública para tratar do transporte na cidade. Conclusão: a empresa não retirou a identificação biométrica por completo e não foi chamada a audiência pública.
Cansados de esperar, no dia 19 de março, nós do MCAP – Movimento Contra o Aumento da Passagem, formado por alguns dos primeiros manifestantes do dia 24, voltamos à Câmara para um novo protesto que aconteceu reunindo trabalhadores, estudantes, representantes de sindicatos, militantes de partidos de esquerda e artistas. Com cartazes, narizes de palhaço e, até, com poema, cobramos ações mais energéticas do legislativo perante o aumento abusivo da tarifa de ônibus na cidade, dado durante o recesso da Câmara. Além disso, na nossa pauta de reivindicações, estava a criação de uma audiência pública para que sejam expostas todas as questões que envolvem a concessão do transporte público às empresas de ônibus da cidade, que não é regularizada. Nessa audiência, queremos também a presença do Ministério Público, dos sindicatos, das associações de moradores e dos técnicos da Coppetec – UFRJ, que, durante o estudo sobre a mobilidade urbana da cidade, apontaram uma tarifa que poderia custar R$ 1,97, contrapondo-se aos dados apresentados pelas empresas para o reajuste abusivo.
            Para piorar a situação da população, estudantes dos Colégios Estaduais de Teresópolis tiveram o número de passagens reduzido, dificultando as atividades extra-escolares, como sua locomoção aos estágios. Além disso, essa medida forçará que muitos paguem a passagem de R$2,90 (somente no perímetro urbano!), aumentando, ainda mais, o lucro das empresas de ônibus.
            A população já não aguenta mais tantas perdas e omissões dos governos que por aqui passaram! Por isso, não queremos o “amor” deles, mas uma administração competente, que melhore as condições de vida daqueles que vivem na cidade e trabalham para construí-la! 

            Para além do que foi dito acima, o MCAP defende: 

·        Redução imediata da passagem para R$1,97, segundo o estudo técnico da Coppetec;

·        Fim da concessão “vitalícia” e dos segredos contratuais públicos;

·        Municipalização do transporte público com controle da gestão por técnicos da área, usuários e trabalhadores do transporte público (motoristas e cobradores); 

·        Audiência Pública para o transporte público, com a presença do MP, dos movimentos sociais, sindicatos, associações de moradores e técnicos da área.

·        Aumento e renovação da frota, maior frequência nas linhas da zona rural e da periferia urbana;

·        Passe livre para os estudantes para que tenham, também, acesso ao lazer, à cultura e à profissionalização; 

·        Integração imediata de linhas urbanas e rurais com tempos de até uma hora para realizar transbordo e três destinos diferentes, pagando só uma passagem;

·        Aceitação do estudo de Mobilidade Urbana da Coppetec pelo governo.





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